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16 de mar • Natação Edênia Garcia é destaque no site do Ministério do Esporte

A nadadora Edênia Garcia foi destaque no site oficial do Ministério do Esporte, em reportagem especial sobre a “Semana da Mulher”. Confira na íntegra:

Brasileiras fazem história nos esportes paralímpicos   

As mulheres vêm, cada vez mais, conquistando seu espaço também nos esportes paralímpicos. Seja com uma raquete em mãos ou nas piscinas, o Brasil tem tido destaque internacional em várias competições graças à presença feminina no esporte. Prova disso é a mesatenista Jane Karla Rodrigues, ouro no Parapan-Americano de Guadalajara e eleita a melhor atleta das Américas em 2011, e a nadadora Edênia Garcia, recordista Parapan-Americana nos 50m costas.

Praticante do tênis de mesa desde 2003, Karla conheceu a modalidade na Associação dos Deficientes Físicos do Estado de Goiás (ADFEGO) por meio de um convite feito pela presidente do clube. “Foi lá que dei meus primeiros passos no esporte. Até brinco muito com isso, pois foi amor à primeira raquetada! Depois disso não parei mais”, afirma a atleta, que teve poliomielite aos 3 anos de idade, doença que deixou limitações no movimento dos seus membros inferiores.

Além de enfrentar adversários no tênis de mesa, em 2010 Karla precisou superar mais um desafio. Ela iniciou um tratamento contra um câncer, descoberto um ano antes dos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara. “Decidi não parar com meu esporte. E foi o que eu fiz. Passei por duas cirurgias, quimioterapia e radioterapia, mas sempre que me sentia forte estava lá treinando”, conta. “Não foi fácil jogar durante um tratamento assim, mas o esporte me fez sentir viva e isso era o mais importante.” Em abril, com o tratamento finalizado, a atleta retomou os treinamentos de alto rendimento com o objetivo de disputar a vaga no Parapan. “A cada dia fui superando uma etapa, fazendo preparação física, treinando a técnica e aos poucos fui voltando à forma de antes”. E o treino puxado deu certo: Karla foi ouro em Guadalajara e também garantiu a vaga para disputar os Jogos de Londres neste ano.

Outra que está a um passo de Londres é a nadadora Edênia Garcia. Quem pensa que ela viu em sua deficiência alguma dificuldade para se tornar uma atleta de alto rendimento se engana. Aos 24 anos, Edênia é um dos principais destaques brasileiros na natação, acumulando vários títulos importantes do esporte e já garantiu o índice para participar das Paralimpíadas deste ano. A atleta, medalhista de prata nos Jogos de Atenas 2004 e bronze em Pequim 2008, dedica-se à natação há 12 anos e, atualmente, está em fase de preparação para, quem sabe, representar o país pela terceira vez na maior competição multiesportiva mundial.

“Os treinos estão bem fortes. Os Jogos Paralímpicos são o maior evento esportivo para nós atletas. Não podemos brincar na caminhada rumo à Londres 2012”, afirma a nadadora, que passa por um estágio de treinamento de altitude no México.

Edênia tem uma deficiência chamada polineuropatia sensitivo motora, que é hereditária e degenerativa, e manifestou os primeiros sintomas quando ela tinha 3 anos. Segundo a atleta, o apoio da família foi fundamental para sua evolução no esporte. “Sempre tive apoio de familiares, em especial da minha mãe. Essa sim é uma grande mulher e sempre esteve ao meu lado”, diz.

Mulheres Olímpicas
E para aquelas que pensam em futuramente se inspirar na trajetória olímpica das atletas, Edênia deixa um recado: “A participação das mulheres na natação tem aumentado bastante. É uma modalidade muito completa e, se o atleta quiser ser de alto rendimento, tem que saber que a rotina de treinos é dura, mas tem um lado muito bom, que é o da superação e o de representar o nosso país, que é lindo!”, diz.

Para Karla, apesar dos desafios de encontrar tempo para o esporte entre o trabalho e os estudos, todo o esforço vale à pena e ela espera que o número de mulheres em sua modalidade cresça ainda mais. “É incrível o quanto o esporte muda nosso dia a dia e nos mostra o quanto somos capazes de superar os obstáculos que a vida às vezes nos impõe. Espero que o número de mulheres no tênis de mesa cresça, já que, além de ser sinônimo de saúde, o esporte aumenta nossa qualidade de vida e nossa autoestima”.

Fonte: Ministério do Esporte

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